Igreja de Nossa Senhora da Luz
Histórico
Não sabemos qual a data precisa da construção da Igreja de Nossa Senhora da Luz, a qual, provavelmente, foi fundada pelo padre Luiz Figueira, da Companhia de Jesus, que em 1628 possuía, no atual município de Paço do Lumiar, a escritura de uma légua da terra em um local chamado Anyndibá. Como pretendia o dito padre fundar um colégio dos jesuítas no local, o casal Pedro Dias e Apolônio Bustamante doou à Companhia de Jesus um terreno de sua propriedade que possivelmente foi incorporada ao já existente. Assim, foi fundada a fazenda que possuía “o colégio para beneficio das lavouras dos seuas religiosos; fabricando casa, e erigindo capela, que dedicou à Virgem Senhora da Luz, de quem, era por extremo devoto, e situando nela os índios que tinha trazido consigo de Pernambuco”. Não sabemos ao certo como se desenvolveu a fazenda durante o século XVII, mas presumimos que, mesmo com a segunda expulsão dos inacianos durante cerca de dois anos (1684 – 1686 aproximadamente) ela preparava, pois em 1688 “Diogo (da Costa – jesuíta) e seu companheiro adoeceram gravemente e o primeiro, depois de curado em São Luis, seguiu para a aldeia-fazenda ou roça Anyndibá, onde se esmerou em preparar ornamentos para a igreja e animar o culto da padroeira”, num sinal de que depois de sessenta anos a fazenda ainda existia e a capela havia se transformado em igreja, precisando ser ornamentada.
Após a terceira expulsão dos jesuítas, em 1795, a aldeia onde se localizava a antiga fazenda da Companhia de Jesus foi elevada a categoria de vila em virtude da Carta Régia de 11 de junho de1761. Por ser muito aprazível e agradável, o governador Joaquim de Melo e Póvoas lhe propôs o nome de Paço do Lumiar, por ser igual ao de Portugal que, segundo ele, parecia muito com este sítio. A igreja, como a citada fazenda, estavam em ruínas (como todos os bens dos jesuítas expulsos). Por esse motivo o governador da Província Joaquim de Melo e Póvoas ordenou que fossem tiradas as telhas da igreja até então construída de pau-a-pique para evitar a perda total delas em caso de desabamento, e foi a igreja coberta de palha.
Em 1764 foi criada a freguesia de Paço do Lumiar, sob a invocação de Nossa Senhora da Luz, quando supomos ter sido realizada alguma reforma na Igreja, para que esta tivesse condições de ser considerada sede da freguesia.
Descrição Tipológica
“Traz elementos próprios da arquitetura jesuíta com nichos inseridos na ilharga da nave e o partido em planta, mas ao contrário do partido em quadra adotado pelos jesuítas, está implantada isoladamente no centro de uma ampla praça. Apresenta planta retangular, nave única, capela-mor, coro e torre baixa com frontão curvilíneo e coberto com o prolongamento do telhado da nave. A sacristia arruinou-se. A frontaria é arrematada com frontão ondulado e encimado com cruz de ferro ladeada pelo frontão da torre.
Restaurações e reformas
Não localizamos nenhum lado concreto que indique qualquer reforma feita na igreja desde sua fundação até os dias atuais, mas certamente houve reformas. Porém, não podemos precisar a data ou o caráter das intervenções.
Capela de Nossa Senhora da Conceição
Histórico
A origem do município de Paço do Lumiar remonta aos princípios do século XVII, durante a ocupação francesa no Maranhão (1612-14), quando suas terras eram habitadas pelos índios tupinambás, parceiros dos franceses na tentativa de fundação da França Equinocial. Ao expulsarem os franceses, as tropas portuguesas, sob o comando de Mathias de Albuquerque, iniciaram uma terrível chacina contra os índios, principalmente os tupinambás, aliados do invasor. Durante mais de um século os índios foram chacinados por capitães-mores, soldados e colonos, desde as margens do rio Turiaçu até as águas do Parnaíba.
A ocupação da terra reconquistada deu-se com a parceria, nem sempre amigável, da coroa potuguesa com a igreja católica, representada pelas Ordens Religiosas. As terra que hoje pertençam ao município de Paço do Lumiar foram doadas em 1628 à Companhia de Jesus, pelo casal de colonos português Pedro Dias e sua esposa Apolônia Bustamonte. “O representante da Companhia, Padre Luís Figueira, Reitor do Colégio de Nossa Senhora da Luz em São Luis, fundou nessas terras a fazenda de Anyndibá” ...para o benefício das lavouras dos seus religiosos; fabricando casa, e erigindo capela, que dedicou à virgem Senhora da Luz, de quem era extremo devoto, situando nela os índios que tinha trazido consigo de Pernambuco...”.
Em 1760, o Marquês de Pombal, ao expulsar definitivamente os jesuítas de todas as possessões portuguesas, desapropriou os seuas bens e elevou à categoria de Vila a maioria das aldeias jesuítas. A antiga aldeia Anyndibá , atravpes da Carta Régia de 11 de junho de 1761, passou à condição de Vila, denominada Paço do Lumiar pelo então governador Joaquim de Melo Póvoas, por ser, segundo o governador, parecida com a localidade que leva esta mesma denominação em Portugal.
Como no povoado de Anyndibá já moravam grande número de homens brancos, além dos índios e alguns escravos africanos, o governador Joaquim de Melo Póvoas convidou-os para assistirem a solenidade de elevação à Vila e !...dos mais capazes fEz ele a eleição de nova Câmara, pelo que ficaram todos muito contentes, e prometeram ao governados aí fazerem casas, o que cumpriram...”
Até 1959, a Vila do Paço do Lumiar integrava o município de Ribamar (atual São José de Ribamar). Entretanto, nesse ano, no dia 07 de setembro, pela lei n° 1.890, no governo de José Matos Carvalho, Paço do Lumiar desmembrou-se de Ribamar, sendo instalado o município, solenemente, dois anos depois, no dia 14 de janeiro.
Vinte e um povoados constituem o município de Paço do Lumiar. Entre eles, temos: Cururuca, Pau deitado, Itapera, Boa vista Pindoba, Sã João dos índios, Tendal, Mocajutuba, Mercês, Olho de Porco, Maioba, Araçajy e Iguaíba.
Descrição Tipológica
A igreja de Nossa Senhora da Conceição de Iguaíba encontra-se em uso para culto religioso. Seu partido em planta tem forma retangular, compreendendo: nave única, nave lateral, sacristia e pequeno campanário distribuído em um único piso.
Foi edificada em alvenaria de tijolo e sua cobertura possui duas inclinações. A estrutura do telhado foi confeccionada em madeira serrada e o material de recobrimento é a telha de barro, tipo capa canal.
A fachada principal é composta por três vãos de porta em arco pleno, guarnecidos de esquadrilhas em madeira, que contém bandeira de duas folhas de portas em madeira. Acima das referidas portas, existe um friso liso e um frontão plano liso que, ao centro, emerge uma coroa estilizada. No lado da fachada principal está o campanário, coberto por telha de barro, capa canal em quatro águas.
O interior da igreja é modesto. Tem piso em lajota cerâmica e não possui forro, deixando à vista a estrutura do telhado e seu matéria de recobrimento. Todas as paredes são caiadas em branca neve, porém, internamente, existe uma barra na cor verde e na parte externa a barra está pintada na cor azul claro. O acervo é singelo, possuindo, de mais significativo, castiçais em metal, a imagem de Nossa Senhora da Conceição e um Cristo crucificado.
Restaurações e Reforma
- Não foi localizado nenhum dado que indicasse qualquer reforma feita na capela desde sua fundação até os dias atuais. Mas é possível que tenha ocorrido reformas, limpezas e/ou serviços de manutenção, sem que possamos, contudo, precisar a data ou o caráter das intervenções.
bom dia, gostaria de mais informações sobre essas igrejas.
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